Vencedor do Prêmio Caymmi de Música 2015, o artista Filipe Lorenzo lança o seu primeiro álbum solo. O cantor integra a banda “Panos e Mangas” e já participou de projetos como “4 Cantos” e “Manotropo” onde dividiu o palco com artistas baianos de destaque como Gabi Guedes, Paulo Mutti, Ivan Bastos, Ivan Huol, Felipe Guedes, Gabriel Rosário, dentre outros, além da realização de inúmeras participações no projeto “JAM no MAM”.

 

No Carnaval de Salvador de 2013 fez parte do projeto “Kabaluerê”, cantando emparceria com a consagrada dupla Antônio Carlos e Jocafi. Graduando do curso de Música Popular da Universidade Federal da Bahia e atuando na cena soteropolitana desde 2009, Lorenzo é uma das grandes apostas da nova geração de cantores e compositores soteropolitanos. Cada faixa do disco proposto traz uma sonoridade única, minuciosamente trabalhada para melhor representar as imagens sugeridas nas letras e os sentimentos transbordados em suas melodias.

 

O álbum intitulado “Odisseia Baiana” é influenciado por diversos elementos contemporâneos e ao mesmo tempo dialoga com texturas inspiradas na música erudita - principalmente do período que compreende a primeira metade do século XX - do jazz, do rock e da música afro-baiana. Na equipe que fez parte das gravações, estão nomes como Joatan Nascimento, Ivan Huol, Gabi Guedes, Maestro Bira Marques e Rowney Scott, músicos que já participaram de gravações de figuras como Caetano Veloso, Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes, dentre outros. Trata-se de um trabalho que marca o início de uma nova trajetória para Lorenzo, mas que também aponta novos e ousados caminhos, ainda pouco explorados no universo da canção produzida na Bahia nas últimas décadas. Antes mesmo de seu lançamento oficial, os resultados deste projeto já começaram a surgir a partir do lançamento on-line de dois singles: a faixa homônima ao disco, “Odisseia Baiana”, foi a música vencedora nas categorias de “Melhor Canção” e “Melhor Arranjo” do Prêmio Caymmi de Música 2015 e a canção “Dança dos Mundos” foi uma das selecionadas no Festival de Música Educadora de 2014.

 

No que tange as influências do projeto, Filipe está diretamente ligado com a escola de compositores da Música Popular Brasileira, da valorização das canções e do diálogo dessa música popular com a world music, seguindo os passos de grandes nomes baianos como Caetano Veloso e Gilberto Gil, com forte influência do jazz e de arranjadores como Jaques Morelenbaum. Tais influências perpassam compositores que utilizam a matriz africana para outras linguagens - como os citados acima e de nomes como Antônio Carlos e Jocafi, Alceu, Tincoãs - até sonoridades contemporâneas, como Radiohead e Ben Harper. Trata-se de um projeto de cunho universal, mas essencialmente afro-brasileiro.

 

Os idealizadores do projeto são Filipe Lorenzo (voz, violão e guitarras), e Paulo Mutti (direção musical e guitarras). Essa dupla é acompanhada pelos músicos: Alexandre Vieira (baixo), Marcelo Galter (piano elétrico e acordeon), Gabi Guedes e Sebastian Notini (bateria). O time foi escolhido de acordo com a experiência, pela sintonia musical que apresentam e pela qualidade técnica dos músicos envolvidos. Todos eles têm uma estrada grande no jazz e na música popular, são músicos muito antenados com as linguagens contemporâneas, com o universo da world music e dialogam do pop, ao erudito, à música de raiz. São músicos que já passaram por projetos com artistas consagrados como Mariene de Castro, Jorge Ben, Milton Nascimento, Daniela Mercury, Toninho Horta Jimmy Cliff, dentre outros.

 

 

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